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Nutrição parenteral pronta para uso

Idosa hospitalizada conversando com a enfermeira

Quando uma pessoa é hospitalizada, um dos fatores de preocupação da equipe de saúde é a nutrição. Isso porque é de extrema importância que o organismo tenha acesso aos macro e micronutrientes necessários para a manutenção do metabolismo e para a pronta recuperação de doenças, procedimentos ou cirurgias.

O Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional Hospitalar (IBRANUTRI) e as revisões realizadas posteriormente mostram a relevância desse aspecto: segundo o estudo, de 40% a 60% dos pacientes de hospitais da América Latina apresentam quadro de desnutrição4.

Existem algumas estratégias para lidar com essa situação, e elas devem ser utilizadas de acordo com a avaliação de cada paciente. Uma delas é a nutrição parenteral, quando formulações de macro e micronutrientes são administradas no organismo do paciente por um cateter intravenoso. Essa administração pode ser central ou periférica.

Hoje, pacientes hospitalizados ou mesmo os que estejam em casa e necessitem desse recurso têm acesso a formulações padronizadas, que são comercializadas já prontas para o uso, podendo trazer praticidade, segurança e relação custo eficácia2. Saiba mais a seguir.

Por que utilizar a nutrição parenteral?

Muitas vezes, o paciente fica impedido de ingerir qualquer alimento por via oral (pela boca) ou mesmo por meio de alimentação enteral (dieta líquida administrada por meio de tubo, ou cateter, em direção ao estômago/intestino).

Nesses casos, entra em jogo a nutrição parenteral. Na escolha do tipo de nutrição parenteral mais adequada para cada paciente, deve-se considerar o seu perfil, demanda proteica e calórica e características individuais.


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Conheça 5 motivos para usar nutrição parenteral pronta para uso

1. A nutrição parenteral pronta é balanceada, composta por carboidratos, aminoácidos, lipídios e minerais. Trata-se de uma formulação apirogênica e estéril que pode ser administrada por via periférica ou central.

2. Ao optar pela nutrição parenteral industrializada e pronta para uso, a instituição de saúde tem acesso imediato ao produto.

3. A nutrição parenteral pronta é padronizada, facilitando o treinamento da equipe de saúde responsável e minimizando eventuais erros.

4. Segundo as Diretrizes Brasileiras de Terapia Nutricional, o uso de nutrição parenteral pronta está ligado a menor risco de infecção, podendo resultar em um menor custo2.

5. A produção de nutrição parental industrializada segue padrões rígidos de segurança regulamentados pela Anvisa, reduzindo a possibilidade de complicações e riscos aos pacientes3.


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Quando a nutrição parenteral é necessária?

Segundo a Braspen, a nutrição parenteral é necessária nos casos em que a alimentação por via oral não é possível, quando a absorção de nutrientes é incompleta, quando a alimentação oral é indesejável e, principalmente, quando uma ou mais dessas condições podem evoluir para um estado de desnutrição2.

São exemplos de condições que podem demandar o uso de nutrição parenteral.

  • Presença de fístula gastrointestinal;
  • Pós-operatório de cirurgia hepatobiliar;
  • Íleo paralítico prolongado;
  • Síndrome do intestino curto;
  • Fístula enterocutânea;
  • Doença do enxerto contra o hospedeiro;
  • Mucosite grave;
  • Obstrução intestinal;
  • Pós-operatório de cirurgia gastrointestinal complexa;
  • Doença inflamatória intestinal;
  • Pancreatite;
  • Desnutrição com perda de massa corporal2.

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  1. CORREIA, M. et al. Inquérito brasileiro de avaliação nutricional hospitalar (IBRANUTRI): Metodologia do estudo multicêntrico. Rev. bras. nutr. clín ; 13(1): 30-40, jan.-mar. 1998. tab. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-314600

Acesso em: 24 jun. 2021

  1. Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Diretrizes Brasileiras de Terapia Nutricional. BRASPEN J.; v.33, 2018. Disponível em: https://f9fcfefb-80c1-466a-835e-5c8f59fe2014.filesusr.com/ugd/a8daef_695255f33d114cdfba48b437486232e7.pdf. Acesso em: 24 jun. 2021

  1. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 272. 8 abr.1998. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs1/1998/prt0272_08_04_1998.html. Acesso em: 24 jun. 2021

  1. TOLEDO, D. O. et al. Campanha “Diga não à desnutrição”: 11 passos importantes para combater a desnutrição hospitalar. BRASPEN J. 2018; 33 (1): 86-100. Disponível em: http://arquivos.braspen.org/journal/jan-fev-mar-2018/15-Campanha-diga-nao-aadesnutricao.pdf. Acesso em: 05 ago. 2021.

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